sábado, 1 de outubro de 2011

Entre a Vida e a Morte




Estalar de dedos, apertar de mãos, desabrochar  anseios, desatinar-se em vão...
Estilhaçar de medo, considerar-se são, acovardar-se em tempos e se jogar ao chão...
Encorajar-se em guerra, lançar sem si armadilha, ser feroz em tempos, ser o líder da matilha...
Trocar olhares pós- guerra, lançar em si cortesia, apaixonar-se em tempos, ser o mais belo da matilha...
Entregar-se em inteiro, lançar em si carência, deixar-se enganar em tempos, tornar-se em si demência ...
Amordaçar-se em véu, lançar acima um buquê, trocar em tempos alianças, tornar-se em dois um só ser....
Crescer em nove meses, lançar acima a dor, trocar em tempos laços, tornar- se um em dois...
Admirar a paisagem, entrelaçar de dedos, abraçar de corpos, perder o próprio medo....
Correr atrás do tempo, destilar o passado, esmigalhar  fatos, sentir que fez algo errado...
Arrepender-se em guerra, servir assim de isca,  suicidar-se  em tempos, desistir da matilha...
Pesadelo em guerra, que serviu de isca, que se suicidava em tempos, mas sobreviveu a matilha...
Final em guerra, dormência em si, corpos a suspirar, entregar-se em tempos, "pronto morto para viver","pronto vivo para matar"....
Começo de vida, alegria em si, retornas em tempos, a matilha servir...
Glorificar em vida, glorificar em morte, entristecer-se em tempo, alguns realmente não tem sorte...
Mas uma certeza fica, uma certeza sem sorte, glorificado em vida, glorificado em morte, alguns, vão cedo, outros tem mais sorte... e na batalha da vida, na espreita da morte... eternizamos a vida... com a nossa própria morte...



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