domingo, 29 de novembro de 2009

A DOR DE AMAR


Nas chamas me joguei...
 Em taças de sangue mergulhei...Em rosas vermelhas...
Vermelhas de sangue... Em pétalas me enxuguei...Em passos lentos e dolorosos...
Sobre finos cacos de vidro que penetram lentamente em minhas entranhas...
E a dor não cessa... A dor não cessa...A dor insistiu em persistir... Algo me sufoca... 
E não é a corda que está presa em meu pescoço... Nem o sangue que escorre dos meus olhos...
 Essa angústia não cessa... A angústia não cessa... A angústia insistiu em persistir...
Algo me corrói por dentro... Está me destruindo... E não é o veneno que tomei...
Não é somente ele... as gotas de martírio... Nem o ar de redenção... Nem a forma de estar...
Nem a forma em que me encontro... Mas sim a forma que eu assumi... e que agora assumo...
 Forma cadavérica... Forma que não cessa... E insiste em apodrecer... Fato inevitável...
Devido a minha imprudência... E a dor não para... A dor insiste em continuar...
Que dor é essa que mesmo após a morte me confunde?
Mesmo após a morte me consume? Será que foi a mesma dor que me fez cometer suicídio?
 E eu que achava que a dor que eu sentia... Cessaria com um beijo da dama negra...
Com seus abraços frios e sem vida... Que aos poucos dolorosamente roubaram minha vida...
E essa dor não cessa... E essa angústia não cessa... E o sufoco não cessa...
Ambos persistem... E meu coração ainda bate... E essa dor... A dor maior ainda persiste...
Mesmo após a morte...E meu coração ainda bate! E a dor não se foi...
By: Jeff Holanda

sábado, 28 de novembro de 2009

Flor do Manacá


Da flor desse manacá-ia

Da flor desse manacá-ia
Nascida roxa feito a terra
Morrida branca de tão casta
Da flor desse manacá-ia
Da flor desse manacá-ia
Nascida roxa feito a terra
Morrida branca de tão casta
Vem doce perfume das estrelas a chegar
Se mata a sede de voar com os pés no chão
As pétalas folhas de sentidos a tornar
Veneno que pode temperar uma paixão
Em noite que o luar não vem
Fogueira faz iluminar
De longe vem, gente pra ver
Ele voltar, desencantar
Da flor desse manacá-ia
Da flor desse manacá-ia
Nascida roxa feito a terra
Morrida branca de tão casta
Vem doce perfume das estrelas a chegar
Se mata a sede de voar com os pés no chão
As pétalas folhas de sentidos a tornar
Veneno que pode temperar uma paixão
Em noite que o luar não vem
Fogueira faz iluminar
De longe vem, gente pra ver
Ele voltar, desencantar
Da flor desse manacá-ia
Da flor desse manacá-ia
Nascida roxa feito a terra
Morrida branca de tão casta



Composição: Letícia Persiles


domingo, 15 de novembro de 2009

Ultimamente...



É incrível o impacto q a saudade nos causa e aquilo que ela nos torna...
Chega a ser tão forte que nos sufoca...
Ontem matei um pouco de minha saudade...
Mas não matei minha vontade...
De ter-te novamente... Sentir-te novamente...
Em passos lentos te encontrei...
Em passos longos e rápidos nos distanciamos...
Porém, a batida que nos une é a mesma...
Nos torna fortes na mesma condição...
E o que era saudade passa a ser esperança,e é o que nos dá vontade de tentar novamente...
Sentir tudo outra vez... Porém com mais intensidade do que antes...
Pois a saudade sempre vai existir... E nos transformar...
Em querer ser, em estar, continuar e em fim tornar-se... Tornar-se
Um só... Agora estamos mais próximos... Em gesto... Em pensar... Em ser...
E isso é o que estou sentindo... Desde que nos conhecemos...
Isso é o que sinto Ultimamente...


By... Jeff Holanda

sábado, 14 de novembro de 2009

Sem expectativas...


Não quero perder meu tempo me iludindo com alguém...

Pelo menos não agora...
Preciso dele pra muitas coisas...
O que mais me dói é saber que houve momentos em que fui mero objeto...
Muitos se aproveitam de meu ser...
E de minha bondade e usam dela para crescer...
Esquecem que estão sendo julgados...
Porém o que poucos sabem... Poucos vivem para saber...
Que em cada traço de bondade roubado de mim...
Leva consigo uma gota do meu veneno mais fatal...
Que não é notado de momento...
Porém com o tempo... Pelo fato de minha presença não mais existir...
E o que era bom... não pode mais usar como objeto...
E o que era objeto... Não tem mais criador...
E o criador onde está?
Longe dos que se aproveitam... Ou melhor... Mais perto do que imaginam...
Leve e sorrateiro... Deixando cicatrizes...
Que se convertem em verdadeiras chagas...
Quero perder meu tempo me iludindo com alguém...
Pelo menos agora...
Preciso de alguém que se aproveite de minha bondade...
E acabe provando do meu veneno...
E que não seja melhor que eu...
Vou sem expectativas...

By... Jeff Holanda

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Melhor não se apaixonar por mim














Busquei por muitas vezes o que resume- se em sofrimento e dor...
Busquei de tantas formas o que outros chamam de amor...
Diante de fatos incansáveis, destruí aos poucos ele dentro de mim...
O que parecia imortal, não foi eterno enquanto durou, fez-me sentir assim...
Desprezo em ser, desprezo em fim...
E em notas de canções que tentavam traduzir o que é o amor...
Meras tentativas que desvanecem em dor...
Aprendi que tal sentimento nos enche de vazio...
Sentir a sensação de complemento e esvaziar- se em puro riso...
Risos de outros... Risos de si... Risos de seu próprio vácuo...
Antes fosse eu um mero e, um simples, um fraco...
E sentir em algo tão simples e o que os outros acham tão raro...
Isso me faz rir... Faz-me sentir o que realmente importa em si...
Contudo o que pra muitos pode ser sofrimento...
Desculpem... Só vejo lamento...
Erros dos que agem antes de pensar e tentam...
Contudo concluo que se amar é esse mar de agonia...
Num contexto encontrado em um simples sim... Conselho...
Melhor não se apaixonar por mim...
Seu sofrimento... Pode ser minha alegria...
Num antônimo intrigante, genioso e sem fim... Conselho...
Melhor não se apaixonar por mim...

By... Jeff Holanda.

domingo, 1 de novembro de 2009

Sob o Sol - Pitty e Cascadura


Na Roma negra a beira mar César é cego de um olho

Me dê motivo pra sonhar que eu te devolvo em dobro

Tão mais o tempo passa muitos fingem não me ver
As forças da montanha sabem o que eu quero dizer
Eu também sei que eu sou de lá, mas também sou de outros
E ela ainda é tão só ...
O olho de fora só vê quão algo é o turbante
Dos becos ninguém quer saber eu já vi isso antes
Me compre aquela fita me ensine a sorrir
Os casarões derretem se alguma chuva cair
Em demasia a lhe explorar e alguns acham que isso é amor
E ela ainda é tão só...
E o que tem de bom custem a perceber
Tem toda gana e o desejo de aprender
A não ressecar mesmo sob o sol
E o que tem de bom contem o meu melhor
É com você e o orgulho de ser também
Saber enxergar mesmo sob o sol
Alguns dias de ufania e depois penitência
Espera àquela hora chegar se ainda houver paciência
Todo velho disco também tem seu lado B
Quem vai na mata escura sabe o que eu quero dizer
A lama e o lamento não se revelam em foto
E ela ainda é tão só...
E o que tem de bom custem a perceber
Tem toda gana e o desejo de aprender
A não ressecar mesmo sob o sol
E o que tem de bom contem o meu melhor
É com você e o orgulho de ser também
Saber enxergar mesmo sob o sol
Ah ah aaaah ... ah